Fotografias Organizadas, Memórias Preservadas
O podcast que o/a vai ajudar a colocar ordem nas suas fotografias.
O meu nome é Ana Pratas, sou fotógrafa de famílias, Mãe e a criadora da Oficina das Fotografias.
Neste podcast, com uma frequência quinzenal, partilho consigo informação, dicas e ideias para lhe ajudar a transformar o caos das suas fotografias numa colecção organizada, segura e acessível.
Vamos a isso?
Fotografias Organizadas, Memórias Preservadas
11. O reconhecimento facial na organização de fotografias
Neste episódio explico como o Apple Photos e Google Photos fazem a gestão da informação de rostos quando usamos a tecnologia de reconhecimento facial. Quais as diferenças entre as aplicações no processo de identificação de rostos e como é que essas aplicações gerem a privacidade dos usuários.
Para além disso, falo também de duas alternativas como Adobe Lightroom Classic e Mylio , que são opções mais adequadas para quando a preservação dessa informação tem outra importância. Como é o caso da identifcação de pessoas em fotografias antigas e arquivos de família.
Capítulos:
00:33 Sobre o episódio
02:27 Como o Apple Photos gere a informação de rostos identificados
06:26 Breve explicação sobre metadados
08:00 Como o Google Photos gere a informação de rostos identificados
13:23 Como preservar a informação de rostos em fotografias antigas digitalizadas
14:57 Alternativas: Adobe Lightroom Classic e Mylio
17:16 Resumo do episódio
Links úteis e/ou mencionados no episódio:
Episódio sobre o Google Photos
Ligações:
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Viva Seja bem-vinda ou bem-vindo ao"Fotografias Organizadas Memórias Preservadas", o podcast que mergulha no mundo da organização e preservação de fotografias, nesta era digital e tecnologicamente desafiante. O meu nome é Ana Pratas, sou fotógrafa de famílias, mãe e a criadora da Oficina das Fotografias. E neste podcast partilho consigo informação, dicas e ideias para lhe ajudar a transformar o caos das suas fotografias numa coleção organizada, segura e acessível. Ora, neste episódio vamos falar sobre o reconhecimento facial, isto é, a tecnologia de identificação de rostos que é utilizada na fotografia e que nos ajuda imenso na organização das nossas fotografias digitais e também facilita muito na procura, pesquisa de determinadas fotografias. É uma funcionalidade que está acessível na grande maioria das aplicações seja o Google Fotos ou o Apple Fotos. E penso ser importante perceber como é que estes serviços ,como é estas aplicações que usamos no dia-a-dia, como é que eles gerem esta informação de identificação de rostos e como é que a privacidade de cada um também fica salvaguardada. Obviamente que vou falar dos dois gigantes, o Google Photos e o Apple Photos, vou falar individualmente deles e desta funcionalidade em particular, mas também existem outras aplicações, outras ferramentas, outros programas de gestão de fotografias que têm este recurso e também irei falar em algumas dessas opções. Isto do reconhecimento facial é uma tecnologia que identifica pessoas com base nas suas características faciais. Isto é, um software que consegue identificar se existem rostos numa fotografia e consegue identificar determinados pontos e proporções chave do rosto, que, em princípio são únicas a cada pessoa, e depois compara esses dados com uma base de dados. Então, se esse rosto já existir, sugere ou marca esse rosto associando a essa pessoa. E, na base, todas as aplicações funcionam desta maneira. Mas a maneira como essa informação é armazenada é que varia dependendo da aplicação que estamos a usar, e é isso que eu vou explicar já de seguida. E vou começar então por falar da aplicação Fotografias da Apple ou Apple Photos que está disponível nos iPhones e nos Macs. Esta aplicação tem essa funcionalidade. Identifica os rostos e cria automaticamente os álbuns por pessoa, e que torna então a pesquisa de fotografias pelo nome da pessoa ou pessoas que estão na fotografia. E torna-se muito fácil encontrar essas fotografias. Este processo de identificação dos rostos, este processo automático, é algo que acontece no próprio dispositivo. Não é preciso recorrer à internet, não é um processo que acontece na nuvem. Então, não é preciso ter a conta iCloud para ter acesso a este recurso. E para além disso, mesmo que tenha a conta iCloud e se aceder às suas fotografias diretamente do navegador, se for iCloud.com e entrar na sua conta, vai reparar que esses álbuns de pessoas, essa organização por rostos não está acessível por lá. Isto acontece porque, lá está, todo o processamento é feito no próprio dispositivo e nem sequer é sincronizado via iCloud. O que é eu quero dizer com isto? Quero dizer que, se tiver outros dispositivos Apple como um iPad ou um Mac, e tiver a sua biblioteca de fotografias sincronizada através do iCloud, esta organização por rostos não é sincronizada. Cada um dos dispositivos vai fazer este processamento independentemente uns dos outros. A única informação que acaba por ser sincronizada é o nome das pessoas, o nome do rosto e a fotografia de capa para o álbum dessa pessoa e também se essa pessoa está marcada como favorita. Mas pode acontecer, por exemplo, no iPhone, ter 300 fotografias identificadas com um determinado rosto, determinada pessoa, por exemplo. Mas se for à mesma aplicação, no seu iPad ou no Mac, podem estar apenas 100 ou 200 fotografias identificadas. Porque lá está, não existe, esse processamento é feito individualmente em cada dispositivo e não existe comunicação. Essa informação não é sincronizada entre os dispositivos. Isto acontece, então, por questões de privacidade e questões legais, às quais eu não me vou aprofundar agora, porque também o meu conhecimento não chega aí. Mas sei que na Europa existem restrições quanto ao uso da tecnologia de reconhecimento facial online e isto devido obviamente, lei da proteção de dados. Então, esta informação acaba por estar limitada à aplicação. Acaba por estar acessível apenas quando usamos a tecnologia Aplicação de fotografias da Apple. O que quer dizer que quando retiramos a fotografia então da aplicação, essa informação de rosto, a identificação de rostos não acompanha a fotografia. Quando partilha uma fotografia pode até optar por incluir a informação de localização, incluir a descrição, mas não é possível enviar a fotografia com a identificação dos rostos incluída. O que faz sentido e é coerente com estas questões que falei. No entanto, na aplicação para Mac, a aplicação fotografias para Mac, é possível exportar a fotografia incluindo nos metadados, na informação sobre a fotografia, é possível incluir os metadados que foram alterados. Por exemplo, se alterou a data da fotografia se inseriu uma descrição, todos esses dados é possível incluir nos metadados da fotografia exportada. E aí, se houver realmente identificação de rostos, o nome das pessoas que estão identificadas são também incluídas nos metadados num campo que se chama person in image, que quer dizer a pessoa que está na fotografia. Falando aqui então de metadados, se não sabe o que é que são metadados e do que é que eu estou a falar, lembro que um dos primeiros episódios do podcast foi dedicado a esse tópico que é episódio número 3. Por isso, se ainda não ouviu pode ir lá ouvir que eu explico em detalhe o que é é isto dos metadados, para que servem qual é a sua utilidade e como fazer uma gestão correta de toda essa informação. Mas basicamente metadados, e muito rapidamente, são toda a informação sobre um ficheiro, determinado ficheiro digital, que pode ficar armazenada no próprio ficheiro. No caso das fotografias, no caso específico das fotografias, temos por exemplo a data, a data em foi feita a fotografia, temos os parâmetros da câmara, seja a velocidade, o ISO, a abertura, o modelo da câmara. Temos as coordenadas GPS onde foi feita a fotografia e também existem campos próprios para armazenar a informação relativamente ao reconhecimento facial e sobre isso eu irei falar um pouco mais à frente. E por diversos motivos incluindo a questão da privacidade, o Apple Photos não armazena. Essa informação de reconhecimento facial, de identificação dos rostos no próprio ficheiro armazena na sua aplicação, de maneira a que essa informação apenas esteja acessível dentro da aplicação, dentro da conta de cada pessoa. Passando então para o Google Photos. O Google Photos é um pouco, uma coisa diferente do Apple photos. O Apple Photos é uma aplicação que temos no computador e nos iPhones. E o Google Photos é uma plataforma online, é serviço de nuvem. É plataforma de gestão de fotografias que vive e funciona através da internet. Existe no entanto aplicação para smartphone que essa sim faz a gestão das fotografias que temos no telemóvel. Funciona se autorizarmos o acesso às nossas fotografias que temos no telemóvel e oferece a opção de as enviar para o Google Photos e assim ter acesso a toda a biblioteca do Google Photos. Lembro que já fiz um episódio sobre o Google Photos que pode ouvir que é episódio 4, em que explica em detalhe como é que funciona esta plataforma e também já fiz um dedicado ao Apple Photos que é o episódio 5. Ora, então relativamente a esta funcionalidade de identificação de rostos no Google Photos. Isto é algo que se ativa, em princípio nas definições do Google Photos. No entanto, devido às tais restrições legais que existem na Europa, a ativação dessa opção não está disponível através do site. Isto é, se for ao site photos.google.com e entrar com a sua conta, não vai encontrar a opção para ativar esta funcionalidade, é uma funcionalidade que eles chamam de agrupamento de caras semelhantes. E existe uma maneira de contornar isto, que é através da aplicação, instalando a aplicação no seu smartphone. Aí sim, se for às definições, já vai encontrar então essa... Essa opção de ativar o agrupamento de caras semelhantes. E uma vez ativa na aplicação, já vai ficar operacional então na plataforma do Google Photos. Já vai poder, aceder acedendo às suas fotografias através do site, já vai começar a aparecer também a identificação de rostos das suas fotografias. E ao contrário do que acontece com o Apple Photos, este processamento vai acontecer online, na internet, na nuvem. Vai acontecer no servidor da Google onde vivem as fotografias que estão no Google Photos. No entanto, relativamente, à privacidade apesar disto estar a acontecer no servidor da Google, esta informação de agrupamentos de rostos apenas fica acessível dentro da conta. Sempre que partilha a fotografia, essa informação não acompanha o ficheiro, só está acessível dentro da sua conta. Mesmo quando descarrega a fotografia, essa informação não acompanha e mesmo que utilize um serviço como o serviço TakeOut da Google para descarregar toda a sua biblioteca, informação pode vir incluída no ficheiro auxiliar, que é um ficheiro com uma terminação J-S-O-N, que acompanha todos os ficheiros originais, todas as fotografias originais que está a descarregar. Nesse ficheiro vai incluir alterações feitas à informação da fotografia se alterou a data, se... Se adicionou uma descrição. E aí também pode estar incluída alguma informação dos rostos, de que pessoas é que estão aí identificadas. Mas a recuperação dessa informação, desses ficheiros, é bastante complexa. Já sai do intuito deste episódio. Por isso, na prática, quando descarrega fotografia essa informação não é incluída. Para além disto, a verdade é que o Google Photos também não oferece grande controlo na gestão destes álbuns automáticos. Ele cria automaticamente um álbum por rostos e que vai progressivamente ao longo do tempo adicionando fotografias a esse rosto, mas não existe grande controlo para corrigir caso exista... Caso cometa algum erro, ou até de identificar manualmente. Não é possível identificar, dizer manualmente que aquele rosto corresponde a determinada pessoa. A única coisa que é possível de fazer é remover determinada fotografia de um álbum, desse rosto que foi criado automaticamente, e dizer que não se trata desta pessoa. Por exemplo, se tiver um álbum com o seu rosto que foi criado automaticamente e tem uma data de fotografias suas, mas encontra lá uma fotografia que não é sua, apenas pode remover desse álbum e não é possível dizer que se trata de outra pessoa. Isto tudo para dizer que esta organização por rostos apesar de ser super útil para encontrar as fotografias e as organizar, acaba por haver sempre algumas limitações e é uma informação que só está acessível dentro das aplicações, dentro dos serviços que estamos a usar, no caso do Apple Photos e do Google Photos. Mas, na verdade, há casos em que é útil e importante guardar esses dados no próprio ficheiro. É importante preservar esse tipo de informação no próprio ficheiro. É o caso, por exemplo, de termos fotografias antigas digitalizadas ou de quando quer criar um arquivo para a sua família. Aí a informação sobre quem está na fotografia tem outra importância e poder preservar e aceder a essa informação Independentemente do programa que utilizar, é muito importante. Então, nesses casos, usar o Apple Photos ou o Google Photos não é de todo, a melhor solução para o fazer. Para isso, convém utilizar outras ferramentas ,programas que sejam até offline, claro, e que tenham essa funcionalidade de identificação de rostos e que armazenam essa informação seguindo os padrões da indústria, de maneira a que qualquer programa que siga esses padrões consiga interpretar corretamente essa, essa informação. E, como disse anteriormente, existe uma maneira de guardar essa informação adequadamente nos metadados. Existem campos próprios nos metadados das fotografias para guardar essa informação e aqui vou-lhe falar de dois programas de duas opções que seguem esses padrões da indústria e que pode utilizar para esses casos. Vou falar aqui do Adobe Lightroom Classic e do Mylio, que são ambos programas de gestão de fotografias que pode instalar no seu computador, seja Mac ou seja Windows. Estes programas têm bastantes diferenças, são programas bastante diferentes. O Lightroom Classic é uma ferramenta muito poderosa virada para os fotógrafos profissionais e utilizada por grande parte dos fotógrafos profissionais no mundo. É que permite não só organizar fotografias, mas também tem uma componente muito forte de edição e não só. E não é um programa gratuito. É um programa que está disponível sob uma subscrição da Adobe que custa cerca de 13€ por mês, que inclui o Lightroom Classic e o Photoshop. Por outro lado, o Mylio é um programa de gestão de fotografias, a pensar na pessoa comum e que tem uma data de funcionalidades muito úteis para organizar as suas fotografias. E tem uma grande vantagem que é de ter uma modalidade gratuita que permite a instalação do programa num único computador. Se depois instalar também no seu telefone, no seu smartphone ou num outro computador, aí sim tem que aderir a uma modalidade paga. E uma subscrição anual. Mas, relativamente a esta questão de identificação de rostos. Quer um, quer outro, têm esta funcionalidade de detecção automática de rostos e, obviamente, sendo programas que estão instalados no computador, são processos que vão acontecer no dispositivo, no computador que não existe comunicação com servidores online e, então, essa informação é privada. E estes programas vão armazenar esta informação nos metadados, nos tais campos adequados que seguem os padrões da indústria. De maneira que essa informação não fica dependente da aplicação que está a usar e pode ser lida por outras aplicações. E isto é mesmo muito útil no caso de fotografias em que tem fotografias até de antepassados que já cá não estão e em que é importante guardar e preservar essa informação. Ora então, recapitulando aqui todo este episódio que acabou por ser um bocadinho técnico, falando das aplicações
Apple Photos e Google Photos:ambos têm esta funcionalidade de identificação de rostos fantástica que nos ajuda a organizar e encontrar fotografias facilmente. No entanto, por diversos motivos, e sendo a salvaguarda da privacidade um deles, essa informação fica apenas acessível dentro da aplicação ou dentro da plataforma. Quando retira uma fotografia que tem rostos identificados, seja partilhando a fotografia com alguém ou descarregando essa fotografia, essa informação não acompanha a fotografia. Mas lá está, em casos em que é importante preservar essa informação,
Ana Pratas:como o caso de fotografias antigas, por exemplo, convém então usar outro tipo de ferramentas que seguem os padrões da indústria no que toca à gestão dos metadados das fotografias. E exemplos de programas são o Adobe Lightroom Classic ou o Mylio. Na descrição do episódio eu vou... Vai encontrar então links para o site da Adobe e do Mylio , caso queira experimentar um destes programas. Eu espero que este episódio tenha sido útil e que tenha gostado. Penso ser um tópico pertinente para esta questão da privacidade e de perceber como é que esta informação é gerida e armazenada pelas plataformas que usamos todos os dias. Mas se tiver alguma questão, alguma dúvida que queira colocar pode-me enviar uma mensagem privada seja pelo Facebook ou pelo Instagram. Todos os links vão estar nas notas do episódio. Vai ser um gosto trocar umas palavras e ajudar. Para não perder os próximos episódios, não se esqueça de subscrever o podcast na sua plataforma de edição, seja o Apple Podcasts, o Spotify ou outra. Boas fotografias e encontramo-nos no próximo episódio.