Fotografias Organizadas, Memórias Preservadas

10. JPG, HEIC, PNG... os diferentes formatos de imagem e para que servem.

September 03, 2024 Ana Pratas Episode 10

Neste episódio exploro o mundo dos formatos de ficheiros de imagem e esclareço algumas questões, como:

  • Quais as diferenças entre JPEG e HEIC? Qual o melhor?
  • O que é um RAW?
  • Que outros formatos existem e para que servem?


Capítulos:
0:33 - Introdução ao episódio
2:07 -JPEG
4:07 - HEIC
7:51 - RAW
9:54 - DNG
10:31 - PNG
11:39 - TIFF
13:01 - Resumo do episódio


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Ana Pratas:

Viva! Seja bem-vinda ou bem-vindo ao Fotografias Organizadas Memórias Preservadas, o podcast que mergulha no mundo da organização e preservação de fotografias nesta era digital e tecnologicamente desafiante. O meu nome é Ana Pratas, eu sou fotógrafa de famílias, mãe e a criadora da Oficina das Fotografias. E neste podcast partilho consigo informação, dicas e ideias para lhe ajudar a transformar o caos das suas fotografias numa coleção organizada, segura e acessível. Neste episódio, vamos mergulhar no tópico dos formatos de ficheiros de imagem. E o que é isto de um formato de ficheiro? Uma imagem, um ficheiro de imagem, tem um determinado formato que podemos identificar pela extensão do próprio ficheiro, quando os vemos no computador. Por exemplo, uma fotografia JPEG vai terminar em ponto JPEG. Uma imagem PNG termina em ponto PNG e por aí fora. Este é um tópico que na verdade pode ser um pouco técnico, mas que é importante perceber até porque nos últimos anos surgiu um novo formato para fotografias que é o HEIC, que é um formato que foi introduzido pela Apple e que tem gerado e continua a gerar alguma confusão. A verdade é que este é um formato que a Apple introduziu em 2017 e que, apesar de ter imensas vantagens, não está a ser adotado globalmente com a rapidez que se esperava. E então faz com que as fotografias tiradas com este formato não sejam visualizáveis em algumas situações, nomeadamente em alguns sistemas Windows que sejam um bocadinho mais antigos, o que causa imensa frustração. Então neste episódio vou explicar o que é isto dos diferentes formatos e para que servem, quais são os seus propósitos e vou então falar aqui dos mais comuns e daqueles que são mais relevantes na fotografia hoje em dia, e vou começar então pelo mais conhecido de todos, o formato JPEG. O formato JPEG é, sem dúvida o formato mais comum, é o formato mais conhecido e reconhecido e que é compatível com tudo o que é navegadores de internet, programas de edição, aplicações, impressoras. Ou seja, fotografando em JPEG é garantido que consegue visualizar essa fotografia em qualquer lado. Este formato foi criado e padronizado nos anos 80 ou nos anos 90, com o objetivo de criar um formato que comprimisse as fotografias de tal forma que fosse possível armazená-las e transmiti-las pela internet. Estes ficheiros são ficheiros bastante leves, em que se usa um processo que se chama de compressão com perda, que é um processo que vai eliminar informação da fotografia e o que ele faz é que descarta determinadas cores que o olho humano não vê. Por isso é que consegue ter ficheiros mais leves. Esta compressão reduz então o tamanho do ficheiros alterando determinados valores de cor. E em vez de guardar a informação individual de cada pixel, pode agrupar determinados pixels que têm uma cor mais uniforme e então consegue assim poupar bastante espaço quando armazena essa informação. Na verdade ele está a diminuir o tamanho do ficheiros, mas também está a alterar a imagem real através dessa alteração das cores. Uma coisa a ter em consideração é que cada vez que se abre um JPEG e se faz alguma alteração alguma edição a esse JPEG a versão que vamos salvar vai também sofrer uma compressão e vai então reduzir a sua qualidade. Então quando temos ficheiros que são altamente comprimidos, acaba por haver... Demasiada perda de informação, essa perda de informação essa perda de qualidade é traduzida no aparecimento de artefactos ou na perda de nitidez. Isso é comum realmente em JPEGs que foram comprimidos em demasia. Ora então, agora que já sabe melhor o que é um JPEG e como é ele foi criado e como é ele funciona, passamos então para este formato mais recente que a Apple introduziu, o HEIC. Então porquê a Apple resolveu introduzir este formato nos seus iPhones? O JPEG é na verdade um formato já muito antigo, lá está, foi criado... Nos anos 80 ou nos anos 90. E então havendo um formato que consiga obter ficheiros ainda mais leves ainda mais pequenos sem perder a qualidade que o JPEG oferece, isso é bastante vantajoso, porque assim a memória do seu iPhone ou do seu iCloud não esgota tão depressa. É essa uma das grandes vantagens deste formato. Para além disto, um HEIC tem outras capacidades como por exemplo, conseguir armazenar várias imagens num único ficheiro. Mas sobre isso não irei aprofundar muito mais. Portanto se usa iPhone, tem a possibilidade de fotografar com este formato HEIC, mas também tem a possibilidade de fotografar com o formato JPEG. Então como é pode configurar essa opção? Vá às definições do seu telemóvel e escolha então a aplicação Câmera e depois clique na opção Formatos. Logo aí, logo no topo aparece então um separador que é o formato da captura de ecrã e aí então encontra as duas opções. Uma chama-se alta eficiência, que corresponde a este novo formato HEIC e a segunda opção chama-se a opção mais compatível que corresponde então ao formato JPG. Qual deles é que deve escolher depende um pouco da sua preferência. Bem, em alta eficiência vai ter, então, ficheiros mais pequenos, o que lhe permite, então, armazenar mais fotografias e fotografar mais sem perder qualidade. No entanto, lá está, é um formato com alguns problemas de compatibilidade. Por exemplo, se quiser imprimir uma fotografia que está nesse... Nesse formato, provavelmente vai ter que a converter para JPEG primeiro. E já existem muitos e muitos conversores de HEIC para JPEG por essa internet de fora, por isso também isto não é um compromisso para a vida toda que tem de fazer aqui, não é por estar a fotografar em HEIC que vai deixar de ver as suas fotografias. O que pode acontecer é que para o conseguir fazer em todos os sistemas, isso vai dar mais trabalho. O formato mais compatível vai então produzir os JPEGs, que vão ocupar um pouco mais de espaço, mas que é um formato super abrangente, que é lido por todos os softwares e que pode partilhar à vontade. E é também um formato super comprovado com grande longevidade, já existe há muitos anos e continua a ser muito usado. Em caso de dúvida se houver alguma dúvida sobre qual é que deve escolher, então aí aconselho a escolher o formato mais compatível e a não pensar mais nisso. No entanto, eu por exemplo sou utilizadora iPhone, utilizadora de Mac, e pessoalmente neste momento uso o formato HEIC por produzir ficheiros mais leves. Mas já mudei esta definição algumas vezes e nunca deixei de conseguir aceder às imagens por causa disso. Se usa PC Windows e iPhone, aconselho a optar pelo modo mais compatível, porque lá está, existem alguns problemas de compatibilidade. Caso o seu Windows seja um bocadinho mais antigo, pode ter algumas dificuldades em visualizar essas imagens e ter que recorrer à instalação de extensões e de ferramentas para as conseguir ver sem problemas no computador Windows. Não queria também deixar de falar um pouco sobre o Google Photos e de dizer que o Google Photos é super compatível com o formato HEIC e que nesse aspecto não vai ter qualquer problema. Para além destes dois formatos existem outros. Por exemplo, se fotografa com uma câmera um pouco mais avançada, tem a possibilidade de fotografar em RAW. O formato RAW, que é R-A-W, é um formato que foi desenvolvido pelos fabricantes das próprias câmaras digitais, que permite então armazenar. Os dados brutos diretamente do sensor e assim preservar todas as informações originais da imagem. Podemos pensar neste RAW como se fosse um negativo da fotografia analógica. Tal como o negativo tem de ser revelado e processado, também o RAW tem de ser processado num software como o Lightroom, o Photoshop ou outra ferramenta que suporte RAWs. E tem que ser editada. E a partir então desses ficheiros RAWs, que se vai criar a imagem final em formato JPG. Tal como a partir dos negativos da fotografia analógica, se revela negativo, se fazem as ampliações, se revela o papel das ampliações, e então se consegue a fotografia em papel fotográfico. E este formato o RAW, pode ter diferentes tipos dependendo da câmera que for utilizada. Por exemplo, se usar uma câmera Canon, o seu RAW vai ter a terminação .CRW ou .CR2. Se utilizar uma Nikon, vai ter uma... Uma extensão .NEF se for Sony será .ARW. No entanto estas câmaras também permitem fotografar em modo JPEG e aí é a câmera que vai tomar uma data de decisões sobre como é que vai produzir esse JPEG. Vai decidir que nível de contraste que vai aplicar, que nível de saturação, como é que vai fazer o tratamento da cor. Tudo isso é decidido pela câmera para conseguir ter o JPEG final. É óbvio que é possível editar por cima desse JPEG, mas o JPEG é já um ficheiros finalizado e que vai oferecer pouca liberdade de edição comparada com a liberdade que temos com o RAW. Ainda sobre os RAWs, a Adobe, como tentativa de uniformizar este formato de negativo digital, porque temos cada fabricante a produzir o seu formato diferente, então como tentativa de uniformizar o formato e de garantir compatibilidade no futuro, criou um formato de RAW aberto para quem quisesse adotá-lo, o chamado DNG, que significa Digital Negative. E a verdade é que agora qualquer RAW... Pode ser então convertido em DNG mas a verdade é que nunca houve grande adoção das outras marcas e todas continuam a utilizar o seu formato proprietário. Falando então agora de outro formato que vai encontrar muitas vezes também nas suas fotografias, nas suas imagens que é o PNG. PNG quer dizer Portable Network Graphics e é um formato de compressão sem perda. Não é como o JPEG que tem aqueles processos de compressão de perda. Este não tem qualquer perda e tem uma particularidade que suporta pixels transparentes e então acaba sendo utilizado para logotipos, ilustrações e imagens que necessitem de transparência. E também encontramos muito este tipo de ficheiros quando fazemos capturas de ecrã no telemóvel ou no computador. Por esse motivo é que para encontrar as capturas de ecrã que tem no seu arquivo e para as separar ou até para as eliminar, uma das formas mais eficientes de fazer é fazer uma procura por PNG. Se fizer uma procura no seu arquivo por PNG vai conseguir identificar todos esses ficheiros e assim consegue separá-los do seu arquivo e limpar o arquivo de capturas de ecrã. Para finalizar este tópico dos formatos de imagem, queria também falar de um outro formato que pode eventualmente encontrar nas suas fotografias que é o TIFF. TIFF significa Tag Image File Format. E pode encontrar-se com certeza se calhar em fotografias mais antigas talvez que tenham sido digitalizadas. E que... Este formato também foi criado nos anos 80, tal e qual como o JPEG, e foi criado para se conseguir armazenar as imagens em alta qualidade, na sua qualidade original. E são ficheiros de imagem, lá está, sem qualquer compressão e por isso são ficheiros muito, muito muito grandes, que para a fotografia do dia-a-dia que fazemos hoje, são muito Se tornam impraticáveis. Então estes ficheiros acabam por ser mais usados por fotógrafos e editores profissionais que precisam realmente preservar todos os detalhes de uma fotografia para a reproduzir com a melhor qualidade possível. Por isso se encontrar na sua coleção alguma fotografia em formato TIFF, esteja à vontade para converter para JPEG porque vai assim conseguir um ficheiros muito mais leve que vai conseguir partilhar e enviar à sua família e aos seus amigos e não vai sentir qualquer diferença quando e se quiser imprimir essa fotografia eventualmente. Ora então, resumindo este assunto um pouco mais técnico, o principal a reter aqui é que existem diferentes formatos de ficheiros de imagem, que vão servir diferentes propósitos. O JPEG é, sem dúvida aquilo que vai encontrar mais vezes, é o formato mais comum e o mais compatível hoje em dia. Mas é importante perceber que nos últimos anos também surgiu o formato HEIC, que foi introduzido pela Apple em 2017, e por isso, se usa o iPhone, deve então escolher a opção que lhe for mais conveniente. E, caso tenha alguma dúvida, escolha então o modo compatível e não precisa ter que pensar mais no assunto. Eu espero que este episódio lhe tenha sido útil e que tenha. Se tiver alguma questão ou alguma dúvida a colocar, pode-me enviar uma mensagem privada pelo Instagram ou pelo Facebook, eu vou deixar os links nas notas do episódio, vou gostar muito de trocar umas palavras e de ajudar naquilo que eu puder. Para não perder os próximos episódios, subscreva o podcast na sua plataforma de eleição, seja o Apple Photos, o Spotify, ou outra. Boas fotografias e encontramos-nos no próximo episódio

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